O impasse entre trabalhadores que atuam na coleta de lixo em Porto Alegre, a empresa B.A. Meio Ambiente e a Prefeitura de Porto Alegre chega ao terceiro dia. Por causa da situação, o contrato entre a administração da Capital e a terceirizada foi suspenso temporariamente. A coleta de lixo domiciliar está sendo realizada, de forma improvisada, por equipes do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana).
Os funcionários reclamam do não pagamento de benefícios, como férias, por parte da B.A. Meio Ambiente. Ontem, os trabalhadores, a empresa e a Prefeitura se reuniram, mas não chegaram a um acordo sobre a retomada da coleta de lixo domiciliar. O encontro foi mediado pelo MPT (Ministério Público do Trabalho). Com o impasse, o caso vai ser discutido em uma audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), ainda sem data definida.
Sem chegar a um acordo e nem com previsão para retomada da coleta nos bairros, a Prefeitura decidiu suspender o contrato com a B.A. Meio Ambiente. Dessa forma, os serviços não são prestados e os valores a serem pagos pela Capital, suspensos. A decisão foi publicada em edição extra do Dopa (Diário Oficial de Porto Alegre) na noite desta quarta-feira.
O DMLU diz que não tem nenhum débito com a empresa. Para atender os bairros impactados com a interrupção da coleta domiciliar de orgânicos e rejeito, a prefeitura organizou uma força-tarefa. Estão sendo usados cerca de 80 caminhões do próprio Departamento de Limpeza Urbana.