Petrobras reajusta preço do botijão de gás em 15%

A Petrobras comunicou ao mercado reajuste de 15% no preço de gás liquefeito de petróleo (zinha), vendido em botijões de 13 quilos. Os novos preços entram em vigor hoje (1º). A alta para o consumidor será de cerca de R$ 3 por botijão.
Segundo a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do botijão de 13 quilos no país era de R$ 46,19 na semana passada. Com um reajuste médio de R$ 3, o novo preço será superior a R$ 49. A reportagem encontrou o produto com preços entre R$ 48 e R$ 50.
O Sindigás (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) afirmou que, como os preços são livres em todos os elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los, a alta do preço do produto nas refinarias aumenta a pressão de custos sobre o gás para o consumidor final, disse a entidade, em nota oficial.
“Por isso, o Sindigás orienta o usuário a pesquisar os valores cobrados pelas revendas para escolher aquele fornecedor que não só tem preços mais vantajosos, mas também que oferece os melhores serviços”, conclui a entidade.
O gás de botijão tem peso de 1% no IPCA — influência equivalente à do pão francês. O reajuste garante à Petrobras receita extra de R$ 105 milhões por mês — considerando a venda média mensal de 35 milhões de botijões.
É a primeira vez, desde 2002, que a Petrobras aumenta o preço do gás engarrafado em botijões de 13 quilos. Naquele ano, a estatal passou a usar políticas diferentes para os diversos usos do combustível.
O gás vendido em vasilhames maiores ou a granel acompanhou mais de perto as variações dos preços internacionais. Já o botijão de 13 quilos, mais popular, vinha sendo subsidiado.
O congelamento de preços foi motivado por reclamações durante a campanha eleitoral de 2002, feitas pelo então candidato da situação, José Serra (PSDB), a respeito de seguidos aumentos de preços dos combustíveis.
Para outros vasilhames, o último reajuste, também de 15%, foi concedido em dezembro de 2014. O preço final de venda do produto é livre e sofreu ajustes nos últimos anos de acordo com fatores de custos para distribuidores e revendedores.