Diarista denuncia agressão policial à Comissão de Direitos Humanos

A diarista Tânia Maria Pinheiro denunciou nesta quarta-feira, durante o período de assuntos gerais da reunião ordinária da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a invasão de sua casa, na Vila Maria da Conceição em Porto Alegre.

Tânia disse que dez policiais militares, integrantes do 1º BPM, teriam torturado seu neto e ameaçado a família. Segundo ela, os policiais não tinham mandado judicial, mas mesmo assim invadiram a residência e agrediram por mais de uma hora o rapaz, que não mora no local e apenas fazia uma visita à avó.

“Só pararam porque os vizinhos ouviram os gritos de desespero do menino e começaram a pedir por socorro”, relatou aos deputados. No depoimento, a diarista contou que, depois de ser levado ao Pronto Socorro, o neto foi preso, sob acusação de tráfico de drogas. Chegou a ficar detido por 15 dias e, agora, responde ao processo em liberdade.

Ela disse também que fez um registro de ocorrência na 6ª Delegacia de Polícia da Capital, mas que o documento desapareceu. “Depois disso, os policiais invadiram minha casa mais duas vezes, sempre sem mandato”, revelou.

Após o depoimento, o presidente da comissão, deputado Jeferson Fernandes (PT), e a vice-presidente, deputada Miriam Marroni (PT), afirmaram que levarão o assunto ao conhecimento do Ministério Público.

Além disso, deverão solicitar informações ao delegado titular da 6ª DP e acompanhar a família que entregará um dossiê do caso ao Tribunal de Justiça Militar.