Cunha critica tentativa de partidos de suspender reforma política

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou neste domingo (31) sua conta pessoal no microblog Twitter para questionar a tentativa de deputados de seis partidos, encabeçados pela bancada do PT, de tentar suspender no STF (Supremo Tribunal Federal) a tramitação da reforma política.
Na rede social, o peemedebista classificou de “choro” o mandado de segurança protocolado neste sábado (30) por parlamentares de PT, PPS, PC do B, PSOL, PSB e PROS. Os seis partidos reclamaram ao Supremo que, nesta semana, durante a votação das propostas da reforma política, o plenário da Câmara votou duas vezes a possibilidade de doação às legendas partidárias, o que seria inconstitucional.
Na última terça-feira (26), os deputados rejeitaram a emenda que autorizava doações de empresas a partidos e a candidatos, proposta defendida por Cunha. No dia seguinte, apesar da derrota sofrida na véspera, o presidente da Câmara colocou em votação outra emenda que tratava sobre financiamento eleitoral, incluindo na Constituição a possibilidade de a iniciativa privada fazer doações eleitorais exclusivamente para partidos. Desta vez, os deputados decidiram aprovar a mudança constitucional, o que motivou duras críticas por parte do PT e gerou um intenso bate-boca no plenário da Casa.

Foto: Reprodução
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“Aceitei a questão de ordem e reclamaram. Só que nem se chegou a isso, pois a primeira foi aprovada com 330 votos favoráveis. Ou seja, a polêmica é choro de quem não teve os votos para rejeitar uma proposta diferente da rejeitada”, ironizou Cunha no Twitter.
Em meio às mensagens sobre a reforma política, Eduardo Cunha disse que os mesmos partidos que reclamaram da votação das propostas que alteram o sistema político e eleitoral do país vão sofrer novas derrotas na Câmara porque, segundo ele, as posições deles são “minoritárias” em plenário. O peemedebista antecipou que, em junho, colocará em votação no plenário a proposta de redução da maioridade penal, outro assunto que enfrenta resistência da bancada petista.