Brigada diz que WhatsApp não é canal de relacionamento e lamenta declaração de tenente

Após sugerir que participantes da Serenata Iluminada, que ocorria ontem (6), na Redenção deveriam procurar ajuda do “Batman” ou do “Super Homem” para coibir assaltos, o tenente-coronel Francisco Vieira admitiu que a frase foi inapropriada e que representava sua própria opinião. O comandante é lotado no 9º BPM (Batalhão de Polícia Militar), que é responsável pela área do Parque Farroupilha.
“Eu falo com diversas comunidades e uma delas é a comunidade jornalística. Eu falei uma besteira, assim como os jornalistas também falam. O que aconteceu foi isso. Foi uma brincadeira dentro de uma conversa informal. Um jornalista não pode considerar sério uma manifestação do Francisco Vieira e não do tenente-coronel da Brigada Militar (BM). Nem pode achar que aquilo é o pensamento da Corporação”, destacou em entrevista à Rádio Guaíba na tarde deste domingo.
O comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital), tenente-coronel Mario Ikeda, também reconheceu que a brincadeira tenente-coronel foi infeliz. “Aquele tipo de manifestação, da forma pública como foi, está equivocada. O número formal quando se necessita a viatura é o 190. Não que não possa ser feito pelo WhatsApp, mas a formalidade é o 190”, destacou.
O diálogo ocorreu após um alerta dos jornalistas Fernanda Pugliero, do Correio do Povo, e Eduardo Paganella, da Rádio Guaíba, via WhatsApp, na noite desse sábado (6) após eles presenciarem dois assaltos próximos de onde ocorria a Serenata Iluminada.

Brigadianos usam WhatsApp no interior do Estado para combater crimes

Considerado pela Brigada Militar canal não oficial de relacionamento da instituição, a rede social WhatsApp é muito usada no interior do Estado no combate a crimes. Em Caxias do Sul, quando o serviço foi implementado, há cerca de um ano, foram realizadas mais de 20 denúncias em apenas 24 horas.
Em muitos casos, a polícia recomenda que as ligações ao número 190 sejam realizadas apenas por “quem não possui o aplicativo”, por mais que o comando da Brigada Militar ressalte que a ferramenta não substitui o telefone de emergência da corporação.