Atentados terroristas causam mais de 60 mortes em três países

Número de mortos preliminar chega a 54

Três países registraram nesta sexta-feira (26) atentados terroristas. Na França, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas após um atentado a uma usina próxima à cidade de Lyon. Na Tunísia, pelo menos 37 pessoas morreram em um resort na cidade de Sousse, região turística do país. No Kuwait, um atentado a uma mesquita xiita na capital deixou pelo menos 25 mortos e 200 feridos.
Ainda não há informações sobre qualquer relação entre os casos. Os ataques ocorrem três dias após membros do Estado Islâmico terem feito um chamado a seus apoiadores incentivando o “martírio” no mês sagrado do Ramadã. O grupo assumiu a autoria da ação no Kuait. A extensão geográfica dos atentados —que ocorreram em três continentes— mostra a disseminação da ameaça de facções extremistas pelo planeta.
Poucas horas após o ataque à usina, o presidente francês François Hollande disse que é preciso não ceder ao medo e que este é o momento de prevenir novas ações terroristas. Ele interrompeu a reunião de líderes europeus da qual participa, em Bruxelas, para fazer a declaração e anunciou que voltará em seguida para a França, onde deverá ter uma reunião emergencial de crise.
“É de natureza terrorista, já que foi encontrado um cadáver decapitado com inscrições [no local do crime]. A intenção era, sem dúvida, causar uma explosão. Foi um ataque terrorista”, declarou Hollande, que aumentou o alerta de segurança no local do ataque para o mais alto existente.
Na Tunísia, o ataque ocorreu em um hotel em Sousse. Segundo o Ministério do Interior, ao menos 37 pessoas morreram – a maioria turistas. A polícia restringiu o acesso ao hotel Imperial Marhaba. Ao menos seis pessoas ficaram feridas.
Os hóspedes eram em sua maioria britânicos e da Europa central, indicou o estabelecimento sem precisar a nacionalidade das vítimas. No momento do ataque “havia 565 clientes no hotel. Os clientes são majoritariamente do Reino Unido e da Europa central”, indicou o grupo em um comunicado.
No Kuwait, o ataque foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. O braço do grupo na Arábia Saudita, designado Província de Nadj, informou que o combatente Abu Suleiman Al Muwahhid foi responsável pelo ataque contra a mesquita. A explosão aconteceu na mesquita de Al Imam al Sadeq da cidade de Kuwait.
O grupo jihadista sunita Estado Islâmico reivindicou este atentado, assim como outros que já ocorreram em mesquitas xiitas na Arábia Saudita e no Iêmen. No final de maio, o emir do Kuwait pediu aos países muçulmanos que intensifiquem a luta contra o extremismo, durante uma conferência pan-islâmica dedicada a coordenar os esforços contra os grupos jihadistas.