Agas alerta para risco de desabastecimento de perecíveis nos supermercados

Os problemas de abastecimento de mercadorias para supermercados gaúchos ocorrem por conta da paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil.

A Agas (Associação Gaúcha de Supermercados) emitiu uma nota à imprensa expressando preocupação com o risco de desabastecimento de alimentos perecíveis no Rio Grande do Sul. Os problemas com a entrega de mercadorias para supermercados gaúchos ocorrem por conta da paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil.

Os perecíveis não são estocados pelos supermercados por seu curto prazo de vida útil. “A partir dos próximos dias, se a situação não se normalizar, poderá haver desabastecimento em itens de hortifrúti, carnes, frios e laticínios refrigerados, por exemplo”, explica o presidente da Agas. Conforme ele, os problemas vão aumentar gradativamente, à medida que os supermercadistas não conseguirem repor as mercadorias.

Antônio Cesa Longo, presidente da associação, salienta que os supermercados ainda possuem um estoque médio de 15 dias nos produtos não perecíveis. Neste tipo estão os itens de mercearia (massas, biscoitos, grãos, leite, açúcar, bebidas, farináceos, matinais, condimentos, doces, bombonière, etc.), higiene e beleza, limpeza, bazar e não alimentos em geral. “Com relação a estes produtos, não há risco de desabastecimento para o consumidor final em um curto prazo”, ressalta Longo.

Conforme a Agas, os supermercados gaúchos recebem diariamente quatro milhões de consumidores em suas lojas, espalhadas por todos os municípios do Estado. “Reconhecemos a legitimidade do pleito dos caminhoneiros e somos favoráveis ao direito de livre manifestação, mas esperamos que o poder público chegue a um acordo com a categoria, no menor prazo possível, para que os consumidores e contribuintes brasileiros não sejam prejudicados”, diz Longo.