Prefeitura de Canoas suspende preventivamente acesso de visitantes ao Mini Zoo

A preocupação não é só em Santa Maria em relação a toxoplasmose. A Prefeitura de Canoas suspendeu, preventivamente, o acesso de visitantes ao Mini Zoo de Canoas, que é um centro de reabilitação de animais silvestres.

Segundo a prefeitura, a medida foi tomada a partir da divulgação de resultados preliminares da necrópsia do bugio George, que apontou a toxoplasmose como possível causa do óbito.

Conforme o secretário municipal do Meio Ambiente, Paulo Paim, a Secretaria passou a exigir, a partir deste ano, da empresa que administra o espaço que todos os animais do plantel que viessem a óbito fossem necropsiados para descobrir a causa da morte.

“Tomamos essa medida porque, em 2017, segundo registros, cinco bugios morreram com suspeita de toxoplasmose, sem que houvesse confirmação. Neste ano, a Secretaria vem agindo de modo diferente e com acompanhamento muito próximo à empresa responsável. Por isso, exigimos que todos os animais sejam necropsiados”, explica Paim.

O secretário ainda lembra que o Mini Zoo não é um zoológico comum, uma vez que o objetivo do local é tratar e reabilitar animais que não possuem mais condições de voltar à natureza.

“Mesmo que o local receba visitação pública, o que é importante para a sociedade, o foco dele é a saúde dos animais. Por isso, a partir da suspeita de toxoplasmose, resolvemos suspender a visitação para realizar exames nos animais e também nos funcionários, que lidam diretamente com eles”, ressalta.

Sem perigo para visitantes

O médico veterinário da Vigilância em Saúde de Canoas, Roger Halla, esclarece que os visitantes que estiveram no Mini Zoo recentemente não correram nenhum risco.

“Cabe esclarecer que não há nenhum risco dos primatas passarem a toxoplasmose para os visitantes do Zoo, pois os primatas são hospedeiros intermediários, assim como nós, seres humanos. Portanto, não há perigo para os visitantes.”