Cresce proporção de mulheres flagradas dirigindo alcoolizadas no RS

Uma notícia lastimável, mas serve como um sinal de alerta: a proporção de mulheres dirigindo embriagadas no Rio Grande do Sul tem aumentado na última década, passando de 2,6%, em 2008, para 8,6%, em 2017.

O número de infrações cometidas por mulheres cresceu onze vezes, enquanto o de homens cresceu três. O levantamento foi feito pelo DetranRS para os dez anos de Lei Seca, considerando os dados dos anos fechados de 2008 a 2017.

A Lei 11.705, popularmente chamada de Lei Seca, entrou em vigor em 19 de junho de 2008. Trouxe uma mudança substancial na quantidade de álcool permitida para dirigir, que antes era de seis decigramas por litro de sangue. A nova lei vetava qualquer quantidade de álcool no sangue.

Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito determinava as margens de tolerância em 0,10 mg de álcool por litro de ar alveolar que, somada à margem de erro, chegava a 0,14. Mais tarde, a Lei 12.760/12 (Nova Lei Seca) fechou ainda mais o cerco e hoje o limite é somente a margem de erro do etilômetro.

O aumento de mulheres autuadas acompanhou o crescimento de sua participação no cadastro de condutores do Estado gaúcho, que passou de 28% em 2008 para 34% do total de motoristas registrados.

No mesmo ano, 151 mulheres registraram teste positivo ou recusaram-se a soprar o etilômetro, contra 5.692 homens. Em 2017, esse número foi de 1.685 mulheres e 17.962 homens.