Justiça Federal mantém prisão de empresário acusado de locaute

A Justiça Federal negou pedido de liberdade feito pela defesa do empresário gaúcho Vinícius Pellenz, preso na última quinta-feira (1º) pela Polícia Federal, em Caxias do Sul, sob a acusação do crime de locaute durante a paralisação de caminhoneiros.

A decisão foi proferida pela desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre. Para a magistrada, a prisão do empresário deve ser mantida por mais cinco dias para não atrapalhar as investigações, que apuram supostas ameaças de Pellenz, por meio do aplicativo WhatsApp, para que caminhoneiros que transitavam pela região da Serra Gaúcha, no início da greve, participassem da paralisação.

“Considerando o exame perfunctório desta etapa processual, e tendo em conta informações nos autos de que há diligências ainda em andamento – oitiva de testemunhas que teriam sofrido ameaças -, deve ser mantida a segregação, a qual findará, a princípio, no dia 04/06/2018”, diz a decisão.

O advogado de Pellenz admitiu que a voz gravada em ao menos dois áudios anexados ao inquérito é a de seu cliente. No entanto, segundo Lúcio Santoro Constantino, nelas o empresário não estava insuflando os caminhoneiros a impedir os companheiros a voltar ao trabalho, “mas sim reclamando dos bloqueios que prejudicariam as atividades das empresas locais, incluindo a sua e a da família”.