Satélites da Nasa mostram cheia do rio Uruguai antes e após a chuva

Montante de chuva permitiu o transbordamento em sequência de inúmeros rios nos três estados

Centenas de municípios dos três estados sulistas acumularam muitos prejuízos com mais um evento natural de chuva extrema que assolou o Sul do país na última semana. Além de eventos severos como tornados (como o que atingiu o Paraná), granizo e ventos fortes, o montante de chuva permitiu o transbordamento em sequência de inúmeros rios, e que por consequência inundaram cidades deixando milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas.
O monitoramento feito pelo satélite TRMM (Tropical Rainfall Measuring Mission) da Nasa (agência espacial americana), que estima a precipitação em todo o globo terrestre, indicou que somente nas últimas 168 horas, ou seja, sete dias, o volume de chuva superou 250 milímetros e com extremos de até 300 mm, em municípios do centro, sudoeste e sul do Paraná, meio-oeste e oeste de Santa Catarina e em grande parte do centro-leste, nordeste, noroeste e norte do Rio Grande do Sul.
Efeito de tamanha chuva nas calhas dos rios também pode ser confirmado pela imagem do satélite AQUA, através do sensor MODIS, também da agência espacial americana.
Cheia no Uruguai
No Rio Grande do Sul, o rio Uruguai foi o que mais chamou a atenção da Nasa com a diferença antes e após a chuva, principalmente no trecho entre Itaqui e São Borja, onde o mesmo subiu mais de 10 metros além do nível considerado normal, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas).

Crédito: TRMM/AQUA/NASA
Rio Uruguai antes das chuvas da semana passada… Crédito: TRMM/AQUA/NASA

Crédito: TRMM/AQUA/NASA
… e após. Vários pontos de transbordamento do rio são visíveis. Crédito: TRMM/AQUA/NASA

No Paraná
Antes, em 29 de junho, o curso d’água dos rios Ivaí, Paranapanema, Paraná e Tibagi, principalmente, era normal no estado do Paraná. Após a chuva que caiu por quase uma semana seguida, perceptível foi o aumento de água e o extravasamento de muitos quilômetros adiante de suas margens.
Rios Crédito: TRMM/AQUA/NASA
Crédito: TRMM/AQUA/NASA

Crédito: TRMM/AQUA/NASA
Crédito: TRMM/AQUA/NASA