Queda do voo MH17 completa um ano e vídeo mostra separatistas entre destroços

O acidente com o voo MH17 da Malaysia Airlines, que foi abatido em território ucraniano enquanto fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, completa um ano nesta sexta-feira (17). A tragédia causou a morte de 298 pessoas e, até agora, não foi completamente esclarecida.
A Rússia e a Ucrânia, palco de uma guerra que já dura mais de um ano e meio entre rebeldes pró-russos e forças ucranianas, continuam trocando acusações sobre a responsabilidade no acidente.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, garante que a queda do avião foi causada por separatistas, os quais teriam usado “armas altamente tecnológicas” fornecidas pela Rússia para abater a aeronave. A principal teoria é a de que um foguete terra-ar lançado por rebeldes separatistas supostamente armados por Moscou tivesse atingido o voo MH17.
Já o porta-voz do comitê de investigações de Moscou, Vladimir Markin, afirmou que o avião foi atingido por um míssil ar-ar que não não foi fabricado na Rússia.
Para aumentar as trocas de acusações, o jornal australiano “The Daily Telegraph” publicou hoje um vídeo gravado momentos após a queda do avião e o qual mostra rebeldes se aproximando dos destroços, surpresos de que se tratava de um avião civil. De acordo com as imagens, os separatistas “acreditavam ter abatido um avião militar”, escreveu a publicação.
A autenticidade das imagens ainda não foi confirmada, mas a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, classificou-as de “nauseabundas”. Das 298 vítimas do voo MH17, 27 eram australianas e outros 11 viviam no país.
Enquanto as autoridades ucranianas insistem na promessa de levar os culpados pelo acidente à justiça, o mandatário russo, Vladimir Putin, disse que é “prematuro e contraproducente” instituir um tribunal internacional para individualizar e julgar os possíveis responsáveis pelo acidente.